Tá todo mundo louco!

O que leva uma “mãe” a jogar um filho recém-nascido numa lixeira? O que leva um pai a estuprar uma filha ou um irmão a matar o outro? O que leva filhos a planejar a morte dos pais por herança? O que leva um jovem inteligente a invadir uma escola e tirar a vida de crianças? O que está levando o ser humano a se tornar um animal irracional?

Semana passada a mídia expôs a promotora que tentou, em vão, se mostrar perturbada psicologicamente, alegando ter distúrbio bipolar para não ser indiciada por participar do mensalão.

Em Aracaju, um homem teve a vida tirada pelo ex-marido de sua parceira. Eles se casariam em breve. Quatro dias antes desse ocorrido uma mulher estava sendo mantida presa, também, pelo seu ex-marido, porque este, assim como o do primeiro caso não aceitava o fim do relacionamento. Ela sofreu um tiro no pé e foi liberada, por meio de acordo entre o sequestrador e os policiais, após 30 horas de cárcere privado. O ex-marido, levado a uma clínica psiquiátrica (essa foi uma de suas exigências para liberar a mulher).

Psiquiatria? Então o quê, está todo mundo louco? No caso do Realengo, que teve repercussão mundial, profissionais buscam explicação psicológica, tentando descobrir se o jovem, que tirou a vida de crianças e em seguida a sua, sofria de esquizofrenia ou afins. Até ai gente engole em seco, tenta pensar que ele teve problemas na infância e procura entender. Mas e um filho que mata o pai? E um pai que estupra, fere, abandona? É somente loucura? E a maldade humana fica aonde?

Descobrimos o fogo e o átomo. Inventamos a roda e o computador e nem sequer sabemos o que se passa pela nossa própria mente. É triste porque você pode ter noticias do outro lado do mundo no seu bolso, mas não tem conhecimento do que se passa com quem está ao seu lado. Ao seu lado no metrô, ao seu lado na mesa, ao seu lado na cama.