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A doutrina do comportamento moderno

Posted by Sinho Luis on 09:10
Agora todo mundo gosta de se taxar politicamente correto. Lembro quando hipocrisia era uma questão de conveniência, muito justa e por ora assumida, hoje eu não entendo muito bem, mas parece que é moda. “Esteticamente” legal bancar o hipócrita e acreditar nas próprias mentiras.  Fala-se de preconceito como se fosse a coisa mais absurda do mundo! Vez ou outra se escuta por aí: “Quem faz qualquer tipo de preconceito é uma aberração!” – e quanto a quem acredita nesse tipo de coisa, a que nome dá? Onde está essa sociedade onde as pessoas vivem aglomeradas e ainda assim isentas da máxima das primeiras impressões (consequência de circunstâncias tantas vezes inevitáveis)? É baseado em conceitos generalizados ou idéias preestabelecidas e inacabadas que enxergamos as pessoas ao nosso redor. E, quando temos a oportunidade de conhecê-las, essas opiniões podem mudar ou não, isso é que faz diferença. Não é como vimos alguém, mas é se externamos isso sem ter certeza ou se não damos espaço para que os conceitos se eivem pela verdade. 
Se comentarmos por aí que um gay, é gay, somos homofóbicos! Sujeitos a responder perante a justiça! Se descobrir que o cara é gay, antes dele mesmo ter essa certeza: HOMOFOBIA! Se não gostar da cor rosa: HOMOFOBIA! Se não for fã de Lady Gaga: HOMOFOBIA! Será se eu ainda posso, no íntimo, exercer um pensamento, sem ser rotulado? A ideia é que todos devem se amar e todos devem se dar bem entre si, em um país de mais de 190 milhões de habitantes. Francamente, aí já é muito cristianismo para mim.
Agora todo mundo se julga dono da razão. Estamos em uma década contaminada de muita informação e pouca inteligência para processá-las com o mínimo de “decência”. Agora, as pessoas acham que são espertas, acham que entendem sobre tudo e mais, que podem enganar a todos. Vivem nessa ilusão de uma dicotomia maniqueísta. Os modernos vendem altruísmo infundado em qualquer conversa jogada fora.
Lembro quando todo mundo na escola tinha um apelido vexatório. Alguém sempre apanhava e, evidentemente, alguém sempre batia. Existiam nerds excluídos, patricinhas bajuladas, grandalhões imponentes e outros tantos estereótipos mais. Todo mundo crescia e um dia, todo adulto que já estudou, dava risada das lembranças escolares. Hoje tudo tem nome moderno. Terror psicológico, trauma, bullying. E existe gente considerando que psicopata que mata crianças, tinha um “recado para dar”. Não nego que bullying possa vir a ser um problema grave na vida da pessoa, mas o indivíduo que mata, suicida, ou tem qualquer outro distúrbio na vida por que um dia sofreu bullying, com ou sem o referido sofrimento, era alguém que mais cedo ou mais tarde ia ter que se tratar.
Agora todo mundo acha que faz o bem. Tanta gente que acredita está salvando o mundo! Uns deixando de se alimentar de animais, outros dando esmola... Que grande coisa, não? – Não desmereço os vegetarianos (por exemplo), mas daí se julgarem seres superiores por causa de caridade animal é moralismo pobre. E pior, se você não se enquadra em uma dessas categorias filantrópicas espalhadas a esmo, você está contribuindo para o caos e a destruição da terra. Que nas décadas subsequentes as pessoas evoluam. Espero o dia em que terei a liberdade em dizer, “agora todo mundo... Mudou”.

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