A tragédia que não foi anunciada

Depois da tragédia que abateu o bairro de Realengo e abalou a todo o país, várias dúvidas ficaram no ar e a sociedade ainda está sem resposta. Tenta-se entender o que levou um jovem a ser tão cruel e virar um monstro aos olhos de todos.

O histórico da vida do atirador é conturbado e ele mesmo, segundo o que se pode apurar, tornou-se uma pessoa reclusa desde a morte da mãe. O que se tenta entender é por que cometer o crime brutal contra os alunos da escola Tasso da Silveira, e como ninguém detectou nada em nenhum momento do plano desse atirador. E mais, por que as escolas não contam com a presença da Guarda Municipal nas suas dependências? Há psicólogos suficientes para atender os alunos das redes municipal e estadual de ensino? Será que alguém da família não procurou ajudar esse rapaz na sua curta trajetória de vida?

Sabemos que essa atitude insana é fruto de uma série de erros e do abandono do qual ele foi vítima, mas nada justifica tal atrocidade. O que se espera saber é qual o papel da escola em relação aos alunos e onde ela pode atuar junto a sociedade, para que não tenhamos mais casos como esse, pois escola não dá só formação geral, mais ajuda a formar seres humanos.

Como o Estado pode melhorar o convívio de alunos, pais e funcionários nas escolas, e nas comunidades afim de evitarmos outros atos de violência? Ao formar um cidadão, o meio em que vivemos é fundamental para essa missão, escola, pais, sociedade, governos, todos temos nossas responsabilidades.

A educação pode salvar e transformar vidas, evitando que a violência se instale por definitivo nas almas dos cidadãos de bem e evitanto que a sociedade crie seus próprios monstros.